Emagrecer vai muito além de “fechar a boca”. Embora a dieta seja essencial, outros fatores influenciam diretamente no emagrecimento, como hormônios, sono, estresse e até genética.
Além disso, o avanço da medicina trouxe novas opções de tratamento, como a semaglutida e a tirzepatida, medicamentos revolucionários que podem potencializar a perda de peso.
Se você quer emagrecer de forma saudável e sustentável, é essencial considerar esses fatores. Vamos entender o que realmente impacta no emagrecimento e como agir?
1. Fatores genéticos e como superá-los
A genética pode influenciar até 70% do peso corporal, determinando como o corpo armazena gordura, regula o apetite e queima calorias. No entanto, isso não significa que você vai ficar acima do peso ou que não conseguirá emagrecer.
Pelo contrário, a genética influencia, mas o que determinará o resultado é o seu estilo de vida.
Existem estratégias para “contornar” a genética:
- Dieta personalizada para o seu metabolismo;
- Foco na saúde mental e controle da fome emocional;
- Treino estruturado para otimizar o gasto calórico;
- Monitoramento médico para ajustes conforme necessário;
- Uso de medicação específica para o seu padrão alimentar.
A chave está em entender o seu corpo e criar um plano que funcione para você.
2. Equilíbrio hormonal
O desequilíbrio hormonal pode dificultar a perda de peso, pois interfere na queima de gordura e no controle do apetite. Alguns hormônios cruciais para o emagrecimento são:
- Insulina: níveis elevados dificultam a perda de gordura e estimulam seu armazenamento, além de aumentar o apetite por carboidratos.
- Cortisol: produzido em excesso pelo estresse crônico, leva ao acúmulo de gordura abdominal e estimula a fome emocional;
- Hormônios da tireoide: o hipotireoidismo desacelera o metabolismo, tornando a perda de peso mais difícil;
- Predominância estrogênica: favorece o acúmulo de gordura, reduz a taxa metabólica, desregula a insulina e afeta o controle do apetite.
O que fazer?
- Evitar excesso de açúcares e carboidratos refinados para controlar a insulina;
- Praticar técnicas de relaxamento e atividade física para reduzir o estresse e equilibrar o cortisol;
- Praticar exercícios resistidos para aumentar a massa muscular;
- Fazer exames hormonais regularmente para avaliar desequilíbrios e tratá-los.
3. Exercício físico: mais do que queimar calorias
A prática de atividades físicas acelera o metabolismo, melhora a composição corporal e regula hormônios ligados ao apetite e ao estresse.
Quando você pratica exercícios de força, você aumenta seu percentual de músculos. Isso acelera o metabolismo e ajuda na regulação da insulina e do cortisol, por exemplo. Dificilmente alguém consegue manter o peso perdido sem praticar atividade física.
O ideal é combinar exercícios de cardio (corrida, caminhada, bike) com exercícios de força (musculação, funcional, pilates etc.).
Benefícios do exercício para emagrecer:
- Aumenta a queima calórica ao longo do dia;
- Ajuda no controle do estresse e promove o bem-estar;
- Melhora a sensibilidade à insulina, facilitando a queima de gordura;
- Promove o ganho de massa muscular, acelerando o metabolismo.
4. Sono e emagrecimento: uma relação direta
A privação de sono ou um sono pouco reparador tem impacto direto no emagrecimento. Pesquisas mostram que quem dorme menos de 6 horas por noite tem 27% mais chances de desenvolver obesidade.
A privação de sono desregula os hormônios grelina e leptina, aumentando o apetite durante o dia e reduzindo a saciedade. Noites mal dormidas também reduzem a sensibilidade à insulina e desequilibram o cortisol, favorecendo o acúmulo de gordura e a compulsão por carboidratos.
O metabolismo fica mais lento, o corpo economiza energia diante da fadiga, queimando menos calorias ao longo do dia. Além disso, sem energia fica difícil ter ânimo para se exercitar, não é?
Como melhorar o sono para favorecer o emagrecimento?
- Durma entre 7 a 9 horas por noite;
- Evite telas e luz azul antes de dormir;
- Crie uma rotina relaxante antes de deitar e tente fazer isso sempre no mesmo horário (de preferência até as 22h).
Lembrando que tão importante quanto a quantidade de sono é a qualidade do sono. Se você não acorda revigorado, é preciso investigar o que pode estar te prejudicando.
5. Controle do estresse e saúde mental
O estresse crônico aumenta os níveis de cortisol, que promove o acúmulo de gordura, principalmente na região abdominal. Além disso, a fome emocional é uma das principais causas da compulsão alimentar ou do consumo de alimentos altamente palatáveis e calóricos, como os doces, as comidas gordurosas e mais calóricas.
Ou seja, a saúde mental tem um impacto muito relevante sobre o emagrecimento e, claro, sobre a qualidade de vida!
Uma das estratégias associadas ao tratamento para emagrecer é identificar e tratar gatilhos para a fome emocional, além de um melhor manejo do estresse e da ansiedade. Isso se faz de forma mais eficaz com acompanhamento profissional.
Você também pode:
- Praticar atividades relaxantes como meditação ou respiração profunda;
- Buscar terapia ou suporte emocional se necessário;
- Praticar atividade física regularmente.
6. Medicações para emagrecer
Nos últimos anos, medicamentos como a tirzepatida (Mounjaro e Zepbound) e a semaglutida (Ozempic e Wegovy) revolucionaram o tratamento da obesidade, com pacientes perdendo entre 15 e 30% do peso corporal.
Eles são parte do tratamento para emagrecer, que também envolve plano alimentar adequado, prática de atividade física, ajustes metabólicos e mudanças no estilo de vida. É indispensável que sejam prescritos e tenham o uso monitorado por um especialista, para a segurança e eficácia do tratamento.
Além disso, a medicação não substitui a adoção de hábitos saudáveis, pois são eles que permitirão que você mantenha o peso ao descontinuar a medicação.
Conclusão: estratégias ajudam a emagrecer e a manter o peso
Para emagrecer de forma eficaz e duradoura, é essencial adotar uma abordagem completa, que envolva:
- Alimentação equilibrada;
- Atividade física regular;
- Sono de qualidade;
- Controle do estresse;
- Monitoramento hormonal;
- Ajustes metabólicos;
- Uso de medicações (quando necessário e com acompanhamento médico).
Se você sente que faz tudo certo e ainda assim tem dificuldade em emagrecer, pode ser a hora de olhar além da dieta. Buscar ajuda profissional para ajustar esses fatores pode fazer toda a diferença na sua jornada!
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